quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Mal Existe

Não é uma tarefa fácil diagnosticar indivíduos portadores de síndrome de psicopatia. Para tanto nos valemos das pesquisas desenvolvidas pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, professor da Universidade Colúmbia Britânica, pioneiro nos estudos de psicopatia. Os tópicos abaixo fazem parte do seu livro Without conscience: the disturbing world of the psychopaths. Sem consciência: o inquietante mundo dos psicopatas. Ed. Guilford Press, New York; p. 33-35. Ainda sem tradução para língua portuguesa. Segue abaixo o texto traduzido por Gilson Marciano de Oliveira Simplistas e superficiais Os psicopatas na maioria das vezes são inteligentes e articulados. Eles podem ser pessoas divertidas, interessantes, conversadoras, preparadas para dar respostas rápidas e inteligentes. De forma convincente, contam histórias improváveis, mas de maneira a que o assunto pareça verdadeiro. Eles são muito eficazes nas suas aparências e frequentemente são charmosos e simpáticos. No entanto, para muitas pessoas eles são muito dissimulados, de falsa docilidade, aparentando hipocrisia e superficialidade. São observadores astutos e muitas vezes tem-se a impressão que os psicopatas estão encenando algum papel, de forma mecânica, interpretando um roteiro já estabelecido. Um dos meus examinadores descreveu uma entrevista que ele fez com um prisioneiro: “Sentei-me e tirei a minha prancheta, sendo que a primeira coisa que o cara me disse era que eu tinha os olhos bonitos. Ele controlou meu trabalho completamente, fazendo alguns elogios a respeito de minha aparência ao longo da entrevista, fechando com o meu cabelo. Assim, quando eu terminei de guardar minhas coisas no fim da entrevista eu estava sentindo uma coisa rara... Bem bonito. Eu sou uma pessoa muito cuidadosa especialmente no meu trabalho, pois um dado falso pode desacreditar a entrevista. Quando cheguei lá fora, eu não podia acreditar que tinha caído numa linha de conversa como essa.” Psicopatas podem divagar e contar histórias que parecem improváveis, levando-se em conta tudo aquilo que é conhecido a respeito deles. Normalmente, eles tentam parecer familiarizados com sociologia, psiquiatria, medicina, psicologia, filosofia, poesia, literatura, arte ou com o direito. Essas características nos permitem fazer uma leitura de que eles não possuem muitas preocupações em serem desmascarados. Um de nossos arquivos de prisão descreve um presidiário psicopata que afirma ter níveis mais avançados de sociologia e psicologia, quando na verdade ele nem sequer tinha concluído o ensino médio. Ele manteve essa ficção durante uma entrevista com um dos meus alunos, um candidato a doutorado em psicologia. O aluno comentou que o preso estava tão confiante nos seus conhecimentos de termos técnicos e conceitos que aqueles que não estão familiarizados com o campo da psicologia poderiam muito bem ficar impressionados. A variação sobre esses indivíduos especialistas em algum tema é comumente verificada entre os psicopatas. Egocêntricos e narcisistas­ Os psicopatas são exageradamente narcisistas, dão grande importância para sua auto-estima, possuem um egocentrismo espantoso, e noções do que é correto. No entanto, pensam que são o centro do universo, seres superiores, que agem de acordo com suas próprias regras. “Não é que eu não queira seguir a lei”, disse um de nossos entrevistados. “Eu sigo a minha própria legislação. Eu nunca violo as minhas próprias regras.” O entrevistado descreveu essas regras em termos de “olhar para fora para um número.” Quando da entrevista de outro psicopata, preso por uma variedade de crimes que incluem a extorsão, violação e a fraude, foi perguntado se ele tinha algumas fraquezas. Ele respondeu: “Não possuo nenhuma fraqueza, exceto talvez por eu ser demasiado inquieto.Em uma escala de 10, avaliado por ele mesmo, respondeu: “Uns 10 no conjunto geral. Eu diria 12, mas daí eu estaria me vangloriando. Se eu tivesse tido uma educação melhor talvez eu fosse brilhante”. A grandiosidade e importância que os psicopatas dão para si mesmos geralmente surgem de forma espantosa nos tribunais. Por exemplo, não é difícil eles criticarem e abdicarem de seus advogados, assumindo as suas próprias defesas, normalmente com resultados desastrosos. “Meu parceiro pegou um ano de condenação. Eu peguei dois por culpa de um advogado idiota”, disse um de nossos entrevistados. Mais tarde o entrevistado tratou seu problema pessoalmente e viu sua pena ser aumentada para três anos. Psicopatas geralmente são percebidos como uma pessoa arrogante, descarada, fanfarrão, cheio de autoconfiança, opinativo e dominador. Eles gostam de ter poder e controle sobre os outros e parecem incapazes de acreditar que outras pessoas têm opiniões válidas diferente da deles. Eles parecem carismáticos e “eletrizantes” para algumas pessoas. Psicopatas raramente sentem-se embaraçados por problemas legais, com pessoas ou com finanças. Em vez disso, eles vêem os problemas como retrocessos temporários, resultados de má sorte, de amigos infiéis ou incompetentes, ou por injustiça do sistema. Embora os psicopatas geralmente afirmem ter objetivos específicos em suas vidas, eles mostram pouco conhecimento das qualificações exigidas, não possuem idéias de como atingir seus objetivos, e pouca ou nenhuma chance de alcançá-los, dado seu histórico e pela falta de interesse contínuo no campo educacional. O detento psicopata pode pensar em liberdade condicional, imaginando planos mirabolantes para tornar-se um magnata ou dedicando-se para a advocacia para pobres. Um, que particularmente não era nenhum letrado, criou um título para um livro que pretendia escrever sobre si mesmo e já foi contando a fortuna que iria ganhar com a venda de seu best-seller... Falta de remorso ou culpa Psicopatas demonstram uma impressionante falta de preocupação com os efeitos devastadores que suas ações têm sobre os outros. Muitas vezes, eles são completamente sinceros sobre o assunto, afirmando com calma que não possuem nem um sentimento de culpa, que não há motivos para pedirem desculpas pela dor e destruição que causaram, não existindo nenhuma razão para eles se preocuparem. Quando perguntado se ele tinha algum arrependimento sobre uma vítima de roubo e esfaqueamento, que passou três meses em um hospital decorrente dos ferimentos recebidos, um dos nossos entrevistados respondeu: “Caia na real! Ele passa alguns meses em um hospital e eu apodreço aqui. Eu cortei ele um pouco, mas se eu pretendesse matá-lo eu teria cortado a sua garganta. Esse é o tipo de cara que eu sou, eu dei-lhe uma espetada.” Indagado se ele lamenta qualquer um de seus crimes, ele disse: “Eu não me arrependo de nada. O que está feito, está feito. Deve ter havido alguma razão para eu ter feito isso na época, e é por isso que foi feito.” Por outro lado, psicopatas, por vezes, verbalizam remorso, mas depois se contradizem em palavras ou ações. Criminosos na prisão aprendem rapidamente que o remorso é uma palavra importante, um atenuante. Quando perguntado a um interno se ele teve remorso de um assassinato que ele cometeu, um jovem preso nos disse: “Sim, com certeza, sinto remorso.” Pressionei mais, ele disse que não “se sentia mal intimamente a respeito”. Certa vez eu estava aturdido pela lógica de um preso que descreveu como a vítima havia sido beneficiada com o crime, aprendendo “uma dura lição de vida”. “O rapaz tinha apenas que culpar a si mesmo”, disse outro detento do homem que havia assassinado em uma discussão banal sobre o pagamento de uma fatura com código de barras. “Qualquer um poderia ter visto que eu estava com um péssimo humor naquela noite. O que ele queria por não ter se preocupado comigo”? Ele continuou: “Enfim, o cara nunca havia sofrido. Facadas em uma artéria é a maneira mais fácil de isso acontecer”. A falta de remorso ou culpa verificada nos psicopatas está associada a uma notável capacidade de racionalizar seu comportamento e livrar-se da responsabilidade pessoal pelas ações que causam choque e decepção com a família, amigos e outras pessoas cumpridoras das regras sociais. Normalmente eles têm desculpas à mão para o seu comportamento, e, em alguns casos, eles costumam negar que tenham causado algum dano a outra pessoa. Em alguns aspectos, como a emoção, eles são como os andróides retratados na ficção científica, incapazes de exprimir o que os seres humanos sentem na vida real. Um estuprador, qualificado com escore alto da Psychopathy Checklist, comentou que ele achou difícil simpatizar com suas vítimas. “Eles são assustados, né? Mas, veja você, eu realmente não entendo. Eu tenho medo mesmo, e nem por isso sou desagradável”. Psicopatas vêem as pessoas como um pouco mais que objetos a serem utilizados para sua própria satisfação. Os fracos e vulneráveis – que eles zombam ao invés de sentir pena – são os alvos favoritos. “Não existe tal coisa no universo do psicopata, como o meramente fraco”, escreveu o psicólogo Robert Rieber. “Quem é fraco também é um otário, ou seja, é alguém que pede para ser explorado”... Falta de empatia Mentir, trapacear e manipular são talentos naturais dos psicopatas. Com seu poder de imaginação artístico e focado em si mesmo, os psicopatas parecem surpreendentemente imperturbáveis pela possibilidade – ou mesmo certeza – de não serem identificados. Quando pegos em uma mentira ou desafiados com a verdade, eles raramente ficam perplexos ou com vergonha – eles simplesmente mudam de assunto ou tentam reformular os fatos para que eles pareçam ser coerentes com a mentira. Os resultados são uma série de contraditórios e declarações que confundem o ouvinte completamente. Grande parte das mentiras parecem não ter outra motivação que, para o psicólogo Paul Ekman, seria como um “prazer”...Os psicopatas parecem orgulhosos de sua capacidade de mentir. Quando perguntado se ela mentiu facilmente, uma mulher com uma pontuação alta no Checklist Psychopathy riu e respondeu: “Eu sou a melhor, e sou realmente boa no que faço, porque eu acho que às vezes é bom admitir que exista algo ruim sobre mim. Eles pensam, bem, se ela está admitindo que possa ter algo de ruim nela, ela pode estar dizendo a verdade sobre o resto”. Ela também disse que, por vezes, “sais da mina” são como uma pepita de verdade. “Se eles pensam que algumas coisas que você diz são verdade, eles geralmente pensam que tudo é verdade”. Muitos observadores têm a impressão que os psicopatas, por vezes, não sabem que estão mentindo, é como se as palavras possuíssem vida própria, e o falante não possui restrição nenhum quanto ao fato do ouvinte ter pleno conhecimento dos fatos. Para o psicopata é indiferente que ele possa ser identificado como um mentiroso, é verdadeiramente extraordinário, que faz com que o ouvinte a se perguntar sobre a sanidade do alto-falante. Mais frequentemente o ouvinte é envolvido... Emoções superficiais “Eu sou o filho da puta mais sangue-frio que você já conheceu”. Foi assim que Ted Bundy se descreveu para a polícia após finalmente ter sido preso. Os psicopatas parecem sofrer de uma espécie de pobreza emocional que limita o alcance e a profundidade de seus sentimentos. Embora eles pareçam frios e sem emoção, muitas vezes são propensos a sentimentos dramáticos e superficiais. Observadores atentos ficam com a impressão de que estes sentimentos são uma encenação e que pouca coisa está acontecendo no seu pensamento íntimo. Às vezes, eles afirmam experimentar emoções fortes, mas são incapazes de descrever as sutilezas de vários estados afetivos. Por exemplo, eles igualam o amor com a excitação sexual, tristeza com frustração, raiva com a irritabilidade. “Eu acredito nas emoções: ódio, raiva, luxúria e ganância”, disse Richard Ramirez, o “caçador noturno”... A aparente falta de afeto normal e profundidade emocional levou os psicólogos JH Johns e HC Ouav a dizer que o psicopata “conhece as palavras, mas não a música”. Por exemplo, em um livro que faz uma abordagem sobre o ódio, violência e justificativa sobre o seu comportamento, Jack Abbot fez este comentário revelador: “Existem emoções – em todos os aspectos delas – que eu sei que só existem através das palavras, feitas através da leitura da minha imaginação imatura. Eu posso imaginar que eu sinto essas emoções (saber, portanto, que elas são), mas na verdade eu não tenho esse sentimento. Na idade de 37 anos eu sou apenas uma criança precoce. Minhas paixões são as de um menino”... Blog De Sonia Amorim

21 comentários:

  1. Leila, acabei de descobrir que meu ex namorado é um psciopata social. Apesar de ainda estar emocionalmente destruída, gostaria de saber se tem como evitar que outras mulheres caiam na mesma história que eu. Ele é uma pessoa bem publica e gostaria de poder ajudar outras pessoas. Na justiça cabe algo também?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Saí de um relacionamento assim é estou profundamente destruída tb...

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Perfeita a definição ! Já caí nas garras de um psicopata narcisista e aprendí com a dor. Hoje estudei bastante sobre o assunto, já consigo saber de cara quem são os "lobos em pele de cordeiro". Parabéns pelo texto !

    ResponderExcluir
  4. Boa tarde, acabei de conhecer seu blog e praticamente o devorei. Isto porque finalmente caiu minha ficha de que convivo com um psicopata e não sei como vou sair dessa. Estou com medo. Nosso relacionamento sempre foi conturbado mas eu desconhecia a possibilidade de que ele fosse um. Tentei me separar dele por 3 vezes mas sempre cedia a sua forma de seduzir, manipular. Nestes casos me sentia a culpada, por estar deixando um homem tão maravilhoso, pois já cheguei até a questionar se eu é que era a problemática. Tenho uma filha de 16 anos e ele não suporta me "dividir" com ela e a usa para me ferir, implica com ela o tempo todo. E agora que estamos morando juntos que fui somando as coisas, procurei um psicoterapeuta e ele abriu meus olhos para a psicopatia. Ele é abusivo e se encaixa em todas as características citadas aqui. Preciso de dicas para me afastar dele cuidadosamente, da melhor maneira possível. Conto com a ajuda do blog. Obrigada.

    ResponderExcluir
  5. Boa tarde Leila, a dias venho pesquisando coisas sobre psicopatia na internet e já visitei seu blog algumas vezes, queria muito mesmo que lesse e respondesse ao meu comentário porém fico na dúvida pelo tempo que faz essa última publicação. Hoje decidi escrever, pois estou no meu limite e acreditando que se for pra ser terei uma resposta, então lá vai:
    A uns meses estreitei o contato com um rapaz, velho conhecido da época de faculdade, desde sempre tinha fama de doido... Eu nunca me importei com isso, pois sempre dei oportunidade de formar minha opinião própria! Nosso convívio aumentou pelas amizades em comum, pois ele começou a trabalhar na empresa de uma velha amiga minha que considero bastante.
    Ele namorava com outra pessoa, de outra cidade, porém nunca consegui enxerga-lo como homem compremetido pois não me passava essa imagem mesmo eu sabendo que era... Com o passar dessas reuniões acabamos ficando algumas vezes durante o período de um mês mais ou menos... O relacionamento falido dele veio ao fim (e não eu não me sinto culpada, pois sou livre e nunca fiz nada que pudesse atrapalha-lo em relação ao namoro dele).
    Desde uma semana após o término dele nós começamos a nos envolver rapidamente! Eu vim de um namoro conturbado e estava fragilizada emocionalmente com isso, e por várias vezes cheguei a desabafar com ele.
    Voltando um pouco a história... Ele havia perdido o pai a pouco tempo, um dia quando já estávamos juntos começou a se queixar de falta de ar, eu me interessei pelo querele dizia, pois já tive síndrome do pânico no passado e senti uma enorme vontade de ajudá-lo... Logo percebi que ele vinha tendo crise todos os dias e que não dormia direito quase nenhuma noite... Eu sem pensar no porquê estava fazendo isso por ele, comecei a frequentar a casa dele todos os dias, levando algo pra jantar, algumas vezes café da manhã e no auge de minha preocupação cheguei a levar um antidepressivo tarja preta que guardava em casa para dormir que eu já não usava mais...
    Ele tomava e eu esperava o efeito da medicação para pode ir embora... Isso fazia um mês que ele tinha terminado e nosso relacionamento estava acelerado por conta da minha preocupação e zelo diante ao "problema" dele... Até que um dia nessa mesma época ele estava na última semana de sua pós, os amigos combinaram de se reunir para despedir... Eu não iria por respeitar o espaço dele com os amigos... Durante a noite... A nossa amiga em comum me ligou para dizer que ele estava mal no lugar... Mal conversava e deu a dica pra eu ir de surpresa já que todos notavam que ele ficava bem ao meu lado... Quando lá disse que ele estava tomando bebida alcólica eu fui sem pensar pois na noite anterior havia dado o remédio pra ele dormir...
    Chegando no local encontrei com ele e mal trocou uma palavra comigo, ficou extremamente sério e minutos depois sumiu sem dar satisfação, deixando além de mim , todos os amigos que ali estavam contando com sua presença... Neste dia me consumiu um desespero... Pensei que ele cometeria suicidio... Viajaria atrás da ex... Usaria droga... Enfim... Passei um mal bocado até ter a informação que ele tinha saído do bar pra ir a uma festa em uma república... Neste momento eu esqueci a preocupação e fui vestida de uma capa de raiva de mulher, pois não tenho sangue de barata e fui até lá... Paguei pra entrar e dei de cara com ele... Ao contrário do que a maioria faria ele me puxou pra um canto calmo e tranquilamente e se justificou da forma mais coerente que eu poderia pensar na minha vida, ao ponto de eu me sentir ridícula por estar ali e por pensar as coisas que estava pensando a respeito dele.

    ResponderExcluir
  6. (Parte 2) Bom.. Eu conto essa história detalhadamente pois foi o meu indicador, pois até o dia anterior eu estava cega diante da situação, quero deixar claro também que meu intuito jamais era prendê-lo, nem ao menos eu sabia o que eu queria com ele, o meu sentimento era cuidado, carinho... Não estava acreditaste que já era única na vida dele... Até mesmo Pq eu ainda alimentava um sentimento pelo ex namorado... A minha ira foi a falta de "consideração", coisa que ele até o ultimo momento não conseguiu entender.
    Dai em diante permaneci me relacionando com ele, mesmo que nessa noite depois de chegar em casa tenha sentido que deveria contar qualquer contato com ele... Nossos amigos em comum continuavam fazendo reuniões... E eram sempre agradáveis, graças a presença dele, que agitava todo mundo... Sempre o centro das atenções.... Fazendo todos rirem, tocando violão... Entre outras coisas...
    Algumas coisas me preocupavam... A maneira como ele falava da morte do pai extremamente fria:.. Usava muitos palavrões em discussões com a mãe, não se dava bem com a irmã... Falava mal dos colegas de trabalho e ao mínimo estres conseguia tramar coisas absurdas de imediato, mesmo que jamais a executasse... Comecei a perceber que era frio e calculista e coloquei isso na mesa... Desde então ele parou de falar sobre certas coisas comigo!
    Logo me deixei levar por ele, me senti mal em pensar essas coisas dele... Acreditava sim que ele tinha algum transtorno, estudei muitas coisas sobre o bipolar e achava que um dia se a coisa ficasse insuportável eu o ajudaria a procurar tratamento...

    ResponderExcluir
  7. (Parte 3) Hoje faz pouco mais de 4 meses que estávamos juntos contando desde a época de traição... 1 mês que ele me pediu em namoro do restaurante mais chique da cidade com um bilhete escrito "namora comigo? TE AMO", esse te amo no final do bilhete me pegou demais, pois não acredito que o amor aconteça rápido e dessa forma, e sabendo da inteligência e coerência dele, não combinava com a situação...
    Confesso que a cada dia que passa ele tenta me surpreender mais, já está dentro da minha casa... Conquistou todos os Meus familiares... Meu pai está apaixonado por ele... Apenas minha mãe tem um pé atrás...
    Eu estou me sentindo completamente sufocada... Por todos os lados que olho me vejo cercada... Ele estabeleceu vínculos de todos os lados...
    Quando olho pra ele mesmo ele falando coisas boas e de amor eu não consigo sentir absolutamente nada, tenho sempre uma sensação de vazio...
    Ah... Mais uma coisa...
    Um dia ele meio tonto me ameaçou caso ele soubesse que eu teria atendido alguma ligação do meu ex... Primeiro enfiaria a mão da minha cara, depois na dele e por ultimo iria na minha casa falar pro meu pai a filha vagabunda que ele tem! Fiquei muito assustada e terminei com ele no dia seguinte após pesquisar algumas coisas sobre psicopatia, pois até então eu achava que todo psicopata era agressivo, assassino e etc... Fiquei surpresa com tudo que li e tenho lido...
    No dia seguinte ele me procurou no trabalho, chorou e me convenceu que merecia uma chance de me provar que ele não era o cara agressivo que pareceu ser... Eu cedi, e confesso o quanto sou vulnerável e manipulável...

    ResponderExcluir
  8. (Parte 4)Desde esse dia como já falei, tem movido céus e terras para me convencer... Aos olhos do que estão ao redor, ele é um apaixonado que está lutando pra ficar comigo...
    Eu entendo que meu jeito desconfiado de não ter me entregado ainda o deixa inseguro e por reflexo causa alguma irritação que ele tenta me esconder para não me perder...
    Mas há algo dentro de mim que não consigo explicar que me bloqueia a ele, um medo talvez, e então fico pensando que a culpa pode ser minha que coloquei coisas na cabeça!
    Tenho pedido sinais... Semana passada o cachorro dele morreu (de velhice) e ele não manifestou nenhum sentimento exceto no facebook que fez uma pequena homenagem ao cão... No mesmo dia falei pra ele que não passaria o ano novo com ele e a família dele que estavam saindo de viagem ficar alguns dias fora... Ele se transformou e até chorou... Isso que me pega, parece contraditório... O cachorro morre e ele não fica mal... Ele fica sabendo que vai ficar longe de mim, chora e desespera...
    Tenho muitas dicas de que estou certa em pensar que ele seja um psicopata, mas tenho algumas coisas que me fazem pensar diferente... Então aqui vai a parte mais importante de todo esse texto:
    Psicopatas assistem ao chaves ou gostam de desenho animado? Pq ele gosta e assisti... São capazes de fingir tal coisa?
    Ele é evangélico e todo dia me manda um versículo da bíblia na mensagem de bom dia..
    Quando estamos de carro ele é capaz de frear para não atropelar animais na rua...
    Mas ao mesmo tempo acha graça do primo que matou um passarinho na gaiola eletrucutado quando era criança...
    Leila eu estou perdida... E a pior parte é que eu gosto dele... Gosto das coisas que ele faz pra mim e pra minha família... Ele sabe me agradar em todos os pontos... Apesar de estar extremamente desconfiada e quase convicta do que penso... Eu estou muito apegada a ele e ao nosso relacionamento...

    ResponderExcluir
  9. (Parte 5) Se você conseguiu ler até aqui, te peço de coração sua opinião... Tenho muito medo de estar sendo injusta e perder o homem que tem tudo a ver com minha família, que me aceita como sou (exceto nas roupas pois é extremamente ciumento) e que faz tudo pra me agradar... Resumindo... Perder o homem da minha vida por caraminholas da minha cabeça...
    ��

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu acho que vc n deve continuar este namoro pq ele tem as mesmas atitudes que meu ex marido que no inicio era assim e com o passar do tempo foi piorando com atitudes grosseiras, ameaças, gritarias, socos na parede, ciumes dos meus filhos... conquistou tds meus familiares e com a mãe não se dão bem nem com os irmãos dele... espero q vc n tenha que um dia ir pra delegacia e pro forum como tive que fazer ele sair da minha casa. Ele logo arrumou outra vítima logo após ele sair da minha casa pela justiça - frio e calculistas demais.
      Hoje vivo em paz, antes vivia com pressão alta, pisando em ovos, mestre em inverter os papéis, querendo me culpar por nossas brigas, pq eu cobrava uma vida transparente sem mentiras... sai fora pq um amor não resiste a opressão, individualismo, egocentrismo...

      Excluir
    2. Eu convivi com um cara que era locutor de uma rádio comunitária em Nilopolis/RJ... se mostrava amigo, ouvia as lamentações das ouvintes, se mostrava um verdadeiro psicólogo para aconselhar as ouvintes... mas na verdade ele usava a rádio para conseguir tirar proveito de cada uma delas... se mostrava o bom samaritano até que elas se envolviam de tal maneira, ficando apaixonadas pelo sedutor... assim foi comigo que me envolvi depois de estar fragilizada após um divorcio conturbado - ele se mostrou mt solidário e foi se chegando aos poucos, sorrateiramente... passou a me assediar, me vigiar, me ligava toda hora pra saber onde eu estava... após 2 anos conversando por telefone decidi conhecê-lo pessoalmente. Ficamos namorando alguns anos, cada um na sua casa. Quando conheci a mãe dele vi uma discussão entre eles e o vi pl primeira vez ser grosseiro...fiquei assustada mas fui levando ate que ele passou a dar os pitys que deu lá comigo na minha casa, na rua... decidi terminar e por varias vezes chorava dizendo que não ia acontecer mais...eu não conseguia sair desta situação, brigavamos de 15 em 15 dias dp 2 em 2 dias - eu ja não aguentava mais e era por nada, eu já não conseguia falar mais nada pq tudo era motivo.... eu cobrava o que todo casal quer uma vida transparente - no final de quase 10 anos - 3 anos ele dentro da minha casa se eu não fosse pra justiça pra por ele pra fora eu ja não estaria aqui pra contar tudo isto que passei, me afastou de tudo e de todos, enquanto eu pagava roupas, restaurantes, viagens estava tudo bem, quando achei que ele estava tirando proveito de mim - decidi não fazer mais e agir como ele - ae sim ele se mostrou quem é - eu me perguntava pq ele era assim se parecia que tinhamos tudo pra ser feliz e pareciamos um casal perfeito, mas qd comecei a procurar sobre este comportamento dele - vi que é um psicopata - estuprador - aproveitador - dissimulado, mentiroso, vingativo... me ameaçava fazer coisas pra me prejudicar... pra pessoas que o conheciam se eu comentar as atitudes deles, não acredito que o Robson é assim ele não é isto que vc esta falando- é um homem super educado, gentil... mas na verdade quem conviveu com ele sabe o que viveu... Graças a Deus me livrei dele... agora resta a próxima vitima passar por tudo que passei e a tempo se livrar dele.

      quando li:
      Um ponto muito comum entre todos os psicopatas é o ambiente intrafamiliar marcado por diversos e extensos conflitos; todo psicopata tem um ambiente familiar conturbado, permeado por constantes discussões e brigas.
      Frequentemente, esmagam suas vítimas de uma forma tão sutil e quase imperceptível, que praticamente ninguém percebe - apenas a vítima, ao tempo que posam para a sociedade como santinhos e cidadãos do bem. Dependendo do grau da psicopatia, deixam marcas por onde passam, de sentimentais a financeiras.
      São excessivamente manipuladores e controladores.
      Eles são literalmente antissociais, parecem odiar tudo e todos, são hostis à sociedade, demonstrando uma conduta que Podem ser contrários às regras, rebeldes, agressivos e apresentam um comportamento em que suas ações são destinadas a irritar às pessoas em sua volta,são freqüentemente irritantes e pouco toleráveis.
      Psicopatas usam a mentir usam-na como ferramenta de trabalho. Tais mentiras muitas vezes são caracterizadas por histórias muito bem detalhadas e minuciosas, contadas com naturalidade, sem nenhum constrangimento, a ponto que as outras pessoas nem sequer desconfiam de que tudo não passa de um teatro, por isso, raramente suas mentiras são descobertas. Entretanto, quando isto acontece, eles podem negar até a morte que tudo não passa de uma farsa, mesmo que tudo e todos provem o contrário.
      Psicopatas são pessoas excessivamente rancorosas e vingativas.

      Em troca dele ir embora na paz, falei que retiraria o processo da justiça contra ele - ai sim ele foi embora - ESPERTO DEMAIS !!!! SÓ ASSIM ESTOU LIBERTA !!! EM PAZ !!!

      Excluir
  10. Namorei um psicopata, faz 3 meses que terminei e infelizmente ainda sinto a necessidade de conversar com ele.

    ResponderExcluir
  11. Existem linhas que são muito ténues...quando é mesmo um narcisista patológico ou parece ter muitos traços mas ainda não é puramente acentuado. Como saber? Ter realmente a certeza?

    ResponderExcluir
  12. Leila, apenas quem tem um sociopata na família sabe o inferno que é. Tenho um irmão de 40 anos, diagnosticado com sociopatia. Deixou meu pai arruinado emocionalmente, e financeiramente, o desespero de meu pai foi tanto que acabou falecendo pela situação.Minha mãe tem relutância em aceitar o fato de que o filho dela, não tem sentimentos, nem remorso e nem pesar. O pior ela está o ajudando nas mentiras...ele abandonou o emprego, deu desfalques nas contas bancárias de minha mãe, do tipo de antecipar o décimo terceiro para conta dele, a restituição de imposto de renda, e este mês ela recebeu apenas 0.3% do salário dela. Ele fez empréstimos, compras com cartão no nome dela que ela nem sabia que tinha, e todo dia liga pedindo dinheiro.....Em dezembro ele tentou me agredir e fui a delegacia das mulheres e fiz ocorrência. Minha mãe ficou do lado dele. Agora que meu pai morreu, eu e minhas irmãs estamos tentando pagar as dívidas que ele fez no nome do meu pai....para mim ele deveria está na cadeia....pois é estelionatário...escuto verdadeira barbaridades da boca de minha mãe...e ela quando nós exigimos um posicionamento ela só diz que nós odiamos nosso irmão.Acho que amor severo nestes casos, é a melhor forma de amor. Ele não ama ninguém, ele não sentiu remorso pelo que fez a meu pai....no entanto acho que meus pais são muito culpados, pois quando se tem uma família, a opção dos pais sempre deve ser pela família....e não por uma maçã podre...sempre que acordo o meu primeiro pensamento é qual será o pesadelo de hoje...A família está rachada...o clima em casa é sempre de pesado...por isso parabenizo a mãe que reconhece a condição do filho, pois acho que este é o primeiro passo para aprender a viver com o problema. Não desejo isso para família de ninguém , pois é um pesadelo.

    ResponderExcluir
  13. A principal caracteristica é o controle e a manipulaçao.

    ResponderExcluir
  14. A vitima ao perceber e prolongar o relacionamento traz para si problemas psicologicos, familiares, financeiros, espirituais e emocionais....estou me erguendo depois de 2 anos...e olhe lá....amor proprio meninas!! Ter medo de perder alguem nao é sadio e atrasa a real possibilidade de ser feliz!!

    ResponderExcluir
  15. Esse blog está me ajudando a compreender o que aconteceu comigo há cerca de 30 anos e que ainda tem sequelas. Eu já havia identificado a pessoa que me prejudicou como sociopata, mas só agora encontrei a definição de narcisita perverso, e é um retrato dele (vou me referir a ele como RRR).
    A manipulação que sofri dos 16 aos 21 anos, idade que já é complicada por natureza, resultou no que é a própria definição do que uma vítima de um narc.perv. passa.
    Consegui sair do relacionamento, quebrada moral e financeiramente, depois de perder tudo - amigos, emprego, dignidade, respeito da minha família... Passei anos me reconstruindo, fiz muitos anos de psicoterapia, mas até agora, 25 anos depois de ter me afastado do sujeito, ainda me vem flashes de lembrança do que aconteceu. Me irrita, me incomoda lembrar que RRR existiu, mesmo sabendo que está morto (ainda tenho amizade com algumas pessoas com quem convivíamos, por sinal vítimas dele também, mas que vivem mais perto de onde ele morava e por isso sabem da notícia).
    Minha esperança é que agora, sabendo o que foi o processo pelo que passei, tenha alguma esperança de esquecer definitivamente que RRR passou pela minha vida. É como uma cicatriz horrível que não há plástica ou tratamento que apague. Quero ser livre, totalmente livre da memória daquela pessoa que fez de tudo para me destruir.
    Desejo muita força para todas que passaram o que eu passei.

    ResponderExcluir
  16. Descobri esse blog fuçando na internet . Procurando explicação para o que vivi durante 3 anos. Conheci meu ex num momento delicado de minha vida. Ele extremamente fofo, atencioso, carinhoso, gentil...eu me perguntava como alguém tão fascinante estava solteiro?!
    Disse que estava solteiro há 5 meses e que terminou pq ele estava numa fase de focar nos estudos e ela queria farra. Ele me contou sobre os últimos relacionamentos e apesar de ficar chocada ao ouvir tanta história de mentiras, traições e perdidos, achei que comigo seria diferente. Mas isso me deixou uma pulga atrás da orelha e era insegura na relação. Nunca escutei de amigos ou família que era alguém confiável e bom para se relacionar, mas achava q a família era injusta com ele. O primeiro término aconteceu de repente, pq eu “pegava” muito no pé dele (e realmente pegava, não confiava). Implorou para voltar 1 semana depois . O que aumentou ainda mais minha insegurança. Três meses depois o segundo término, pelo mesmo motivo. Tentei ser mais segura e deixar ele mais livre, com menos cobranças. Voltamos. Três meses depois, saiu para academia e sumiu 4 dias. Enlouqueci, fui em hospitais, delegacia, virei um fiapo de gente, até que a própria mãe me disse: descanse, ele esta por ai bebendo. Reapareceu implorando, chorando, fazendo mil promessas. E as mentiras nunca pararam. A mãe mentia, e me dizia: ele não vale nada, saia fora. Terminamos e dessa vez durou 3 meses, mas ele nunca sumiu. Todo dia mandava msgs desesperado. Voltamos. Ficamos em paz 3 meses , até que viajei a trabalho e deixei meu carro com ele. Foi parado numa bliz, bêbado, se recusou a descer do carro, a PM teve que arrombar meu carro para retirar ele...foi um inferno. Passei um fds sem carro, enquanto ele manteve sua programação e ainda virou o jogo. Só caiu na blitz por culpa minha. Se tivesse deixado ele beber em paz, não teria ido embora e não teria caído na blitz. Terminou comigo 1 mês depois por bebida e mentira novamente. Implorou, chorou, jurou...por 5 meses. Voltamos e nada mudou...No ultimo termino, qd cedi (pela 8° vez), descubro que já estava namorando outra pessoa, q quem contei tudo o que estava se passando, provei, mandei copias de conversas e saí de ex recalcada. Descobri que além dessa, estava com uma terceira e mesmo assim, eu era a ex louca. Deixei a loucura dele e delas de lado e hoje sou acompanhada por terapeuta. Ainda me questiono muito sobre TUDO o que vivi. Onde me meti. Da última vez que nos falamos (pq descobri q nunca pagou a multa da historia do carro), ficou agressivo e veio contar tudo que fez comigo durante o namoro. Inclusive q qd começamos ele ainda namorava e que me traiu no namoro com essa ex. É loucura. Mas não me sinto menos louca que ele, afinal, me deixei viver tudo isso. E se brincasse, viveria mais. Ele se vitimizava. Q não sabia o que queria da vida. Que não podia me fazer feliz, mas que não sabia viver sem mim. Que precisava dar um jeito na vida dele. E enquanto eu tinha pena desse discurso, aprontava e aprontava e aprontava. Graças a Deus tudo veio a tona. Foi assustador e chocante. Pensei q não fosse aguentar. Hj não consigo ouvir radio, ver tv..pq se tocar alguma musica q ele me mandou nos últimos anos, tenho vontade de chorar, relembro as dores , as mentiras e regrido. Estou bem hoje. Mas não me sinto curada. Foi muita coisa. Ainda estou digerindo. E blogs como esse, sites, livros, estão me ajudando a não me sentir culpada ou trouxa, mas vitima. Obrigada e que minha historia ajude a esclarecer quem tbm se identificar. São lobos em pele de cordeiro.
    Hj ele esta com a guria que descobri e a quem tentei desvendar quem ele é e estão na fase "idolatria"...ele é o cara perfeito.

    ResponderExcluir
  17. Ola,conheci um psicopata em um site de relacionamentos.Começamos conversando pelas redes sociais.A primeira coisa q me falou depois do "ola,tudo bem?"foi:"Me fale sobre você"...Eu fragilizada,pois havia pouco tempo q terminara com o meu ex marido.Ele,bem articulado,gentil,e inteligente...Contei q tinha uma filha,e logo ele tratou de mandar fotos com a priminha q coinscidentemente tem a idade da minha filha,e a garotinha se parece muito com ele,mas a conversa fluia de uma maneira que ele parecia bloquear meu raciocinio.Eu nao conseguia fazer perguntas incisivas,porque ele sempre saia na tangente...Com duas semanas de conversa ele me pediu em namoro e disse que me amava.Questionei esse amor assim,tao rapido,e ele,disse que "nós é quem escolhemos a quem amar!"...Enfim,o tempo foi passando e eu me apaixonando mais e mais,e nada de nos encontrarmos.Mas o incrivel era que meu cérebro começou a me dar sinais de "perigo",mas a minha confusao sentimental era tao grande que nao conseguia sair daquela situaçao...Sempre "ostentando",mandava muitas fotos dele por dia,roupas de marca,tenis caro,relogio...Fotos do carro e ja ate chegou a mandar fotos de sua geladeira cheia!tinha mania de grandeza,altivo,sempre estava certo!Sempre que brigávamos me culpava,tocava em assuntos intimos aos quais confiei à ele.Sabia me ferir,eu chorava e sempre implorava pra ele me desculpar do que nem eu sabia o que tinha feito.Ele me contou que ficou casado durante 50 dias e que a esposa estava gravida e que o casamento acabou porque sem motivos ela abortou o bebê,falava que o sonho dele era ser pai....Quando foi à minha casa,logo que minha gata o olhou,ele cismou que ela nao gostou dele e que iria chutá-la.Conversamos e ele disparou a falar barbaridades...Que tinha namorado uma mulher que tinha um filho e que ela era muito louca,que um dia ele acordou de madrugada e ela nao tinha dado descarga no vaso da casa dele,disse que a adivertiu e como ela nao obedeceu e esqueceu novamente da descarga,ele pegou ela pelo braço no meio da noite,dormindo,e a jogou no banheiro.Seguidamente contou que o filho dela defecou no chao da sala dele e ele virou a criança de cabeça para baixo e passou o rosto dele nas fezes,eu boqueaverta ainda tive que escutar(como se nao bastasse)que ele deu um choque na criança pq ele queria mexer na tomada que ele estava arrumando....Na hora,algo me falou q ele era estranho demais,porem acho que ele percebeu e contornou a situaçao...Eu comecei a criar um certo tipo de dependencia e admiraçao por ele,porque ele se gabava de seus meritos e esforços por ter uma empresa.Muito bonito e charmoso,educado,ponderado,mas era frio,principalmente quando me via chorar.Quando eu me mostrava forte,ele fazia de tudo para estar ao meu lado,se vitimizava para eu fazer o que queria,falava que eu nao cuidava dele.Nao fazia questao de me ver mais,nunca cumpria o que falava.Nao ia em compromissos com amigos meus.Falava que me amava com a maior naturalidade do mundo,mas nao fazia questao de mim.Mentia,ludibriava...E eu me tornei dependente daquele "pseudo"namoro...Ele se mostrava intolerante,arrogante e preconceituoso!Se irritava com facilidade,mas logo mantinha o controle.Conversava pausadamente e parecia ter um raciocinio muito lógico das coisas(segundo ele,a descontrolada era eu!)...Um belo dia,ja esgotada e exaurida de tanto me esforçar pelo amor dele...minha ficha caiu que aquele homem era muito estranho!...pesquisei e li muito sobre psicopatia,e tive a triste constataçao de que aquele individuo parecia ser um desses!!!...Graças ao bom Deus,consegui me libertar dele!Tivemos uma discursao,aonde ele nao se exaltou,somente falou que eu era louca e precisava me tratar!Como eu ja conhecia o jogo dele,fiz questao de ser forte e nao cair nas garras desse vampiro emocional!...Mas ainda estou sentindo um pouco do veneno desse escorpião correr em minhas veias.Como é devastadora a passagem dessas pessoas em nossas vidas...

    ResponderExcluir
  18. Olá.

    Eu acho que as mulheres são muito cruéis umas para as outras. Acham sempre que com elas vai ser diferente, que elas sim, elas entendem aquele homem e ainda se riem na cara da ex que está a sofrer, sentindo-se triunfantes. Não adianta abrir os olhos para quem está na fase do enamoramento por um narcisista ou por um psicopata: você ainda vai passar por louca. É preciso dar tempo ao tempo: o tempo está do nosso lado.

    Tal como a anónima que diz que ainda pensa no que lhe aconteceu há 30 anos, comigo também já se passou mais de uma década sobre o que aconteceu. Mas eu volto sempre a blogs como este porque me sinto compreendida, numa parte da minha vida que foi tão devastadora. Mas hoje já não magoa, estou tranquila.

    Muita força a todas/os que estão a passar por uma situação destas.

    ResponderExcluir